5 doenças urológicas raras e de diagnóstico complexo

Descobrir o que há de errado no organismo pode ser mais difícil quando se trata de doenças urológicas raras.

Esse tipo de enfermidade exige maior número de exames e às vezes está associado a outros problemas.

Somente após o diagnóstico preciso é viável iniciar o tratamento adequado para promover a cura ou melhora da qualidade de vida.

Descubra quais são as 5 doenças urológicas mais raras e como elas comprometem a saúde do paciente.

Investigação detalhada é uma das etapas mais importantes

Doenças urológicas também podem ser raras e nesse caso é necessário realizar uma investigação mais aprofundada para chegar ao diagnóstico. Algumas delas envolvem cuidados de outros especialistas, mas podem até afetar a função renal quando estão em estágio avançado. Veja se você já ouviu falar sobre alguma dessas enfermidades.

1 – Síndrome de Prune Belly

Doença que se caracteriza pela falta total ou parcial de musculatura no abdômen, além de anomalias nos sistemas urinário e reprodutivo. Ela também é conhecida como síndrome da barriga de ameixa.

Essa enfermidade tem origem genética, ocorre aproximadamente uma vez a cada 40 mil nascimentos e envolve quase sempre os meninos. O diagnóstico precoce e o acompanhamento médico são essenciais no tratamento.

Pode causar infecção urinária, refluxo da urina da bexiga para os ureteres e até insuficiência renal. O tratamento geralmente envolve a realização de cirurgia para reconstruir a parede abdominal e o trato urinário.

2 – Cistite intersticial

É uma enfermidade crônica também chamada de síndrome da bexiga dolorosa e tal nome já indica seu principal sintoma. A paciente também sente constante pressão na bexiga e urgência para urinar.

Sua origem é desconhecida, mas os médicos supõem que ela ocorra devido a problemas na parede da bexiga e a doenças autoimunes. Mais de 90% dos casos afetam as mulheres, geralmente após 40 anos de idade.

O diagnóstico envolve a realização de exames para eliminar outras doenças que apresentam sintomas semelhantes. Quanto ao tratamento, ele pode variar desde mudanças na dieta, até a utilização de medicamentos ou a realização de cirurgia.

3 – Malakoplakia

Trata-se de uma inflamação que afeta principalmente o trato urinário e os órgãos genitais, mas pode ocorrer em outros locais. Ela se manifesta no formato de pápulas, placas ou úlceras, mais frequentemente na cor amarela.

A causa dessa doença está associada a uma resposta inadequada do sistema imunológico ao combater uma infecção bacteriana. Existe inclusive o risco de confundir essas anomalias com tumores.

Exatamente por isso, é muito comum fazer uma biópsia para chegar ao diagnóstico preciso. O tratamento pode incluir a cauterização da região, o uso de antibióticos e até uma cirurgia mais invasiva.

4 – Glomerulonefrite

Esse problema de saúde está associado aos glomérulos, localizados nos rins, cuja principal função é filtrar o sangue. Quando eles estão inflamados causam perda de proteína do sangue e, também, da urina.

A glomerulonefrite pode surgir de infecções, vasculites ou doenças autoimunes, por exemplo. Seus principais sintomas são inchaço abdominal e urina escura. O tratamento varia de acordo com a causa dessa doença.

Ele pode envolver anti-inflamatórios, imunossupressores ou diuréticos. Caso esse problema não seja diagnosticado corretamente, pode até evoluir para um quadro de insuficiência renal.

5 – Doenças raras

Algumas doenças não estão diretamente ligadas à área de atuação do urologista, mas a consequência delas afeta os rins. As principais que se encaixam nessa categoria são as seguintes:

• Síndrome Hemolítico-Urêmica atípica (SHUa) – Causa danos nos vasos sanguíneos e leva à insuficiência renal
• Doença de Fabry – Distúrbio genético que leva ao acúmulo de depósitos anormais nas células, afetando a função do ruim.
• Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN) – Devido a uma mutação genética, provoca a destruição prematura das células sanguíneas e tem potencial para comprometer o rim.

Sendo assim, contar com o acompanhamento de um médico especializado é crucial para diagnosticar com precisão essas doenças. Esse é o primeiro passo para a realização de um tratamento bem-sucedido e melhora da qualidade de vida.

Como o urologista também cuida da saúde renal, ele tem total condição de atuar em parceria com outros especialistas. O objetivo aqui é oferecer um atendimento multidisciplinar quando as doenças atingem vários órgãos, disponibilizando o máximo conhecimento ao paciente.

As doenças urológicas mais conhecidas já exigem bastante atenção do médico para chegar ao diagnóstico preciso. No caso das enfermidades raras, é necessário realizar um trabalho investigativo com o objetivo de detectar aquilo que é incomum.

Doenças diferentes apresentam sintomas parecidos. Então até que todas as alternativas sejam eliminadas não dá para afirmar do que o paciente está sofrendo. Claro que existem medidas paliativas que amenizam as dores, mas o início do tratamento ideal pode demorar um pouco mais.

Nunca deixe de fazer os exames necessários para descobrir exatamente a doença que você tem. Ela até pode ser rara, mas certamente tem tratamento e, talvez, até uma cura.