Você sabia que o uso de preservativo nem sempre evita o surgimento de verruga genital?
Por isso, essa é a doença sexualmente transmissível mais comum no mundo.
Há outros fatores que tornam mais difícil prevenir esse problema.
Veja como as verrugas surgem, como evitá-las e as formas de tratamento.
Lesão pode ser invisível a olho nu e não ter sintomas
Verruga genital é um tipo de lesão saliente que surge no ânus ou no órgão sexual de homens e mulheres. Ela pode ser única ou se formar em pequenos conjuntos, variando tanto no tamanho quanto na aparência. Sua origem é o papilomavírus humano (HPV), normalmente não causa dor, mas gera incômodo físico e emocional ao paciente.
Na verdade, trata-se de uma doença contraída por meio de relação sexual principalmente sem preservativo. A maioria das verrugas causadas pelo HPV tem baixo risco para câncer, porém, apenas a biópsia revela a gravidade delas. Qualquer pessoa infectada, mesmo que não saiba disso nem tenha sintomas, pode transmitir o vírus.
Tal possibilidade existe quando a região genital de quem possui a verruga tem contato com a pele do parceiro sexual. Nem precisa de penetração. O simples toque do pênis, da vagina ou do ânus em uma área desprotegida já é suficiente para a contaminação. Isso faz com que esta seja uma das infecções sexuais mais transmissíveis no mundo.
Os principais sintomas da verruga genital são os seguintes:
- Coceira leve ou comichão
- Desconforto durante a relação sexual
- Inchaço característico nos órgãos genitais ou no ânus
- Sangramento vindo do contato com roupa apertada ou na relação sexual.
Enquanto algumas pessoas podem ter o vírus incubado e nunca desenvolverem sintomas, outros pacientes sofrem por conviverem com o surgimento de verruga genital várias vezes ao longo da vida. Possui mais chance de ficar doente quem está com o sistema imunológico enfraquecido ou toma medicamentos imunossupressores.
Continue lendo e descubra quais são os hábitos que elevam o risco de contaminação com o HPV. Veja ainda como é realizado o diagnóstico e as formas de tratamento dessa doença.
Prevenção eficaz consiste no conjunto de várias iniciativas
O maior risco de contaminação pelo vírus HPV ocorre entre pessoas que possuem vários parceiros sexuais. No entanto, mesmo alguém com poucos parceiros ocasionais, mas que se relaciona com quem tem alta rotatividade, também tem bastante chance de contrair a doença.
Fumar aumenta a possibilidade de contrai-la porque as substâncias do cigarro enfraquecem o sistema imunológico. O organismo fica não apenas mais frágil, mas também com dificuldade de combater a infecção por HPV. Largar o tabagismo ajuda a evitar que apareça verruga genital.
O modo mais eficiente de prevenir essa doença é tomando a vacina contra o vírus. Ela protege contra os principais tipos de HPV (há mais de 200), inclusive aqueles que levam ao câncer. Saiba quem pode tomar a vacina:
- Meninos e meninas entre 9 e 14 anos
- Vítimas de abuso sexual com idade entre 9 e 45 anos
- Pacientes com HIV, câncer ou que realizaram transplante.
O diagnóstico da verruga genital é realizado por meio de exame físico e o médico pode ver a lesão a olho nu ou usar uma lupa, caso ela seja minúscula. Às vezes, é necessário realizar biópsia para descobrir qual é o tipo de verruga e sua origem. Quando são as mulheres que estão em consulta, o Papanicolau pode identificar infecção por HPV no colo do útero. As opções de tratamento são as seguintes:
- Uso de cremes e pomadas
- Congelamento com nitrogênio líquido
- Cauterização para destruir as verrugas
- Cirurgia a lazer visando as saliências maiores
- Cirurgia tradicional, quando a verruga é grande ou numerosa.
O tratamento de retirada da verruga genital é normalmente bem-sucedido, porém, é comum o vírus HPV permanecer no organismo, pois é algo incurável. Essa condição clínica facilita o surgimento de novas verrugas. Sendo assim, o procedimento mais adequado é realizar acompanhamento médico com frequência.